Há alturas em que a solidez da realidade me espreme a ilusão e a esperança até à última gota. E é entre o “quem sou?” e o mundo em meu redor que se liberta o deseperante “para quê?”. E se ouvisse os ecos deste cepticismo... Têm sido momentos de muitas mudanças. Mudanças não; talvez metamorfoses. Momentos maus, momentos excelentes, momentos melancólicos, momentos abençoados. O fim de ¼ de século (já poderei dizer ‘era’ não?). E, no centro deste tornado (só porque ‘tornado’ está na moda), desta que acaba por ser uma procura do Eu, a única coisa certa onde me consigo apoiar e a que fala por si é o amor daqueles que só querem o meu bem, por muito mal que às vezes o possam manifestar. E é isto, tão singelo, tão genuíno, que saceia as reticências e absorve os ecos. E é a esses que quero dedicar esta noite de insónias que em breve se vai tornar num novo dia. Provavelmente num dia em que me vou arrepender de estar a dizer tanto disparate; mas há coisas que simplesmente têm que ficar escritas, seja por onde for. Adoro-vos.
Oh give me the words
Give me the words
That tell me nothing
Oh give me the words
Give me the words
That tell me everything
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